Amor

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terça-feira, 10 de setembro de 2013

A descoberta e a Perda

Bom, a "bendita" depois que troquei o anticoncepcional desregulou toda, então vinha um mês, outro não, então nem me dei conta que já estava dois meses atrasada.

Em janeiro resolvi fazer um teste de farmácia no serviço mesmo e quando vi o resultado a única reação foi chorar! Isso mesmo, passei o dia chorando. Não sei se por medo, por receio, por não ser a hora, por insegurança. Liguei para minha comadre e choramos o dia todo.

Hoje me arrependo e muito dessa insegurança, mas dizem que não podemos mudar o passado...

Os dias foram passando e a sementinha foi ganhando meu coração... A dúvida e o medo foram ficando de lado e a emoção, a esperança e o amor pelo meu blip foram se instalando no meu peito.

Me casei como já estava programado e fomos pra lua de mel em Campos do Jordão, foi tudo ótimo! Passamos uma semana Maravilhosa, comemos muito, dormimos e conhecemos lugares fantásticos!
Estava tudo perfeito, até voltarmos para casa. No caminho senti algo estranho, como se algo se rompesse dentro de mim e parei de conversar com meu bebe (pois é, eu conversava com ele e ele me respondia por incrível que pareça!). Sei que poucos acreditaram na minha história, e pensaram que era frescura e tal´s, mas quando cheguei em casa disse que queria ir ao médico, que algo estava errado e realmente estava.
 Fomos no hospital perto de casa mesmo no dia 23/01/2013 demos entrada por volta das 20h lá e como informei que tive um pequeno sangramento e o hospital estava vazio fui atendida com urgência.
O médico não encontrou nenhum sinal de sangramento, e disse que eu fantasiei aquilo, mas de todo modo fomos fazer um ultra. Ele disse que não sabia mexer direito no equipamento (OIEEE, Como assim um médico GO não sabe mexer em um equipamento que faz ultrassom) Fiquei pasma!!!! Mas tudo bem.

O pior veio depois... Ele não encontrou feto nenhum dentro de mim, muito menos um coraçãozinho batendo e disse que provavelmente eu tinha perdido meu bebe. Mas que não poderia me dar certeza pq não sabia mexer direito no aparelho, então era para eu voltar no dia seguinte e passar com uma Doutora especializada em ultrassom.

Saí da sala do médico derrotada, mas sem ao menos agradecer pela péssima consulta. Fui forte até chegar no ponto de ônibus, onde desabei no abraço da minha tia e da minha sogra. Ali todo o medo, angústia, e a dor que eu estava sentindo botei pra fora.

Foi uma noite muito difícil e triste, a dor me dilacerava e nada nem ninguém podia me consolar. Nem ao menos meu marido estava comigo e como contar pra ele. Essa foi uma das piores noites da minha vida, e a dor que senti não desejo nem para os piores inimigos.

No dia seguinte, passei com a médica e ela me confirmou, meu feto estava lá, só que estava sem batimentos. Por algum motivo seu pequeno coraçãozinho parou de bater, ela me encaminhou até o corredor que o médico que me atendeu na noite anterior estava e pediu que eu aguardasse que ele me entregaria o laudo.
No meio do corredor ao lado de várias outras gestantes ele confirmou tudo, disse que sentia muito e que era isso, eu que já estava chorando permaneci lá ao redor de outras mães que por verem minha dor choraram juntas e ao lado de bebezinhos me olhavam.

Saímos de lá e fomos para o hospital do convênio, pois pra completar o hospital público não tinha leito para fazer a curetagem do feto e teria que aguardar sabe-se lá quantos dias.
No Santa Joana fomos super bem atendidos, e o médico nos informou que o aborto espontâneo era muito comum, mas que de todo modo faria os mesmos exames que fiz no Hospital público pra ter certeza. Após confirmado, foi marcado minha curetagem e voltei depois de quatro dias. Os dias que se seguiram foram muito tristes, mas minha família foi muito presente e o David o melhor e maior companheiro!


2 comentários:

  1. Nossa Natt... não existe nada pior que a dor da perda... Mas com fé em Deus teremos nossos presentinhos ainda esse ano!

    Bjão, adoro sua visita!

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    1. Pois é, mas hoje sei e acredito no projeto de Deus então confio nele :)

      Sempre te acompanho, lendo cada relato seu desde o início.

      Bjos

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